Québec: trabalhando e migrando para o Canadá (parte I)

Château Frontenac, em Québec

Nos dias 21 e 22 de Abril de 2018, em São Paulo, participei de um evento de recrutamento de profissionais para empresas de Québec, Canadá. Para minha felicidade, fui contratado para a empresa que fiz a entrevista. Em Março de 2019, quase um anos depois da entrevista, estarei imigrando para o Québec. Como está sendo o processo? É isso que contarei nesse e nos próximos posts.

Lá em 2017 já havia assistido uma palestra para interessados em imigrar para trabalhar em Québec. Essa palestra ocorreu na Aliança Francesa de Porto Alegre. A palestra foi oferecida pelo Québec Na Cabeça (Québec en Tête), organismo do Québec Internacional, órgão do Governo provincial de Québec, Canadá. Na época, me inscrevi para algumas vagas de TI, mas não fui chamado para nenhuma.

Então, em Janeiro de 2018, sem muita esperança, me inscrevi para outras duas ou três empresas. Essas empresas fariam entrevistas presenciais em São Paulo. Além da formação técnica, exigia-se falar francês, afinal de contas, a província do Québec é francofônica. A maioria dessas empresas eram de TI, mas haviam empresas de usinagem e outras indústrias. Interessante é que essas empresas estavam aceitando mesmo quem não falasse francês e algumas tinham intérpretes.

A confirmação da entrevista

Após minha inscrição em Janeiro, em Março veio a resposta: uma única empresa das que me inscrevi estava interessada em me entrevistar presencialmente. Foi uma grande felicidade, mas também bateu um certo medo. Um porque a recém eu tinha me mudado de empresa e estava numa das melhores empresas da cidade e dois porquê seria um gasto de um dinheiro que não tinha para viajar para São Paulo apenas por uma chance.

Preparação

Estudei o que pude sobra a empresa que queria me entrevistar. Estudei sobre seus clientes. Recebi um e-mail com data, local (que deveria ser mantido em sigilo) e horário da entrevista. O dia chegou. Saí sábado de manhã (21 de Abril) bem cedo, peguei um avião de Porto Alegre para Guarulhos e cheguei umas 4 horas antes do horário marcado. Esperei até o meu horário.

Enquanto esperava, visitei várias outras empresas, mesmo que não tivesse sido chamado por elas. Deixei alguns currículos. Segundo a Janaína, do Québec en Tête, isso é comum e indicado. As empresas sabem disso. Logo depois, chegou minhas vez: me dirigi até a mesa em que estava o recrutador da empresa.

A entrevista

A entrevista se deu em francês. Em determinado momento, o recrutador (que mais tarde vim a saber que é um dos chefões da empresa) trocou o idioma para o inglês. Troquei o idioma sem problemas e ele me perguntou em qual idioma eu me sentia mais confortável. Falei que tanto fazia, mas que me expressava melhor em francês e escrevia melhor em inglês. Se o recrutador gostasse da conversa, havia observado anteriormente, ele passava o entrevistado para a mesa ao lado. Nessa mesa, havia outra pessoa online, o líder técnico da área, lá no Canadá. Fiquei pensando: se eu não passar para a mesa ao lado, é porque não rolou.

Conversa vai e conversa vem, ele me convidou para ser entrevistado pelo líder técnico. Conversei com ele (estava meio difícil por causa da conexão e do barulho no local). Ele me fez algumas perguntas e conversamos um pouco. Me perguntou se eu me sentia mais a vontade com o front ou o back-end. Falei que era programador back, mas fazia também o front e, que se precisasse, aprenderia bem o que me pedissem. A entrevista acabou, sem nenhuma resposta. Apenas disseram que entrariam em contato em algumas semanas.

Um feedback

Saí do Hotel onde foi a entrevista. Peguei um Uber até o aeroporto. No caminho, quando olho o celular, havia um e-mail dizendo: “gostamos muito da entrevista e queremos marcar uma segunda entrevista com nosso time técnico. Podemos agendar para segunda?” Na hora respondi que sim.

Na segunda-feira, fiz a entrevista. Haviam 5 pessoas para me entrevistar. Fizeram um escrutínio técnico, tudo em francês. Perguntaram um monte de coisas, até minha relação com a Microsoft, já que sou usuário Mac. Falei a verdade. A empresa é certificada Microsoft e não omiti que preferia tecnologias livres, mas que minha mente estava aberta. Achei até que aquilo tinha sido um tiro no pé. Eles agradeceram e pediram para esperar uma resposta até quinta-feira.

Na quarta-feira, apenas 5 dias depois da entrevista, recebi um e-mail dizendo que haviam gostado da entrevista e que queriam seguir a diante com o processo de contratação e imigração. Que alegria! Mas ela não durou muito… Isso vou contar no próximo post.

 

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